O territorio objeto de intervenção enquadra-se dentro do Subprograma Castela e Leão - Norte de Portugal, e compreende as NUTS III de Zamora (Espanha), Alto Tras-Os-Montes e Douro (Portugal) com os municípios de Bragança, Vinhais, Vimioso e Mogadouro.
Em todo o âmbito de actuação deve ser salientada a importância do rio Douro, já que constitui a característica geográfica com maior influência na paisagem humana e geográfica, já que se erige como uma fronteira natural meridional e origina os Arribes del Duero, declarado como Parque Natural e que forma a fronteira natural com Portugal.
Além do Douro existem outros ríos que fluem de norte a sul e outros de nordeste a sudoeste, mas todos eles formam parte da bacia hidrográfica do Douro, como o rio Tua (Tuela), o rio Sabor e o Esla.
Entre os vales, encontramos as serras, que também merecem o seu protagonismo na hora de definir a realidade do nosso território. Serras como a de Nogueira, que separa os dois rios afluentes do Douro antes mencionados e que chega a ter uma altitude máxima à volta dos 1300mts de altitude. Já mais a norte, na fronteira espanhola aparecem as montanhas de maior altitude, primeiro a Serra da Coroa, com 1.275mts aproximadamente, e estendendo-se pelo Distrito de Bragança, até à comunidade galega, a Serra de Montesinho e o Parque que lhe dá nome, erigindo-se a sua cota mais elevada a uns 1.600mts de altitude.
O território apresenta numerosos contrastes de vales, planícies e montanhas constituindo na sua totalidade uma área rica e variada em recursos paisagísticos. Na zona Noroccidental o território impõe-se como uma das regiões montanhosas da península mais impactantes, referimo-nos ao Parque Natural de Sanabria, na zona mais ocidental da província localiza-se a Serra de la Culebra que regista alturas sensivelmente inferiores e chegam até aos 1.243mts de altitude, tal como Peña Mira, território de grande riqueza faunística e florística equiparada à existente em Portugal no Parque Natural de Montesinho.
Com tudo isto, o nexo de união existente entre estas zonas transfronteiriças, como base para o desenho de uma estratégia de cooperação eficaz, encontramo-lo na homogeneidade do território numa relação de proximidade, vizinhança e identidade cultural; a uma cultura popular, institucional e também empresarial homogéneas nas duas zonas fronteiriças; à existência de capacidade de cooperação institucional e a experiencias recentes com êxito na cooperação transfronteiriça.
O crescimento demográfico deste território, quer do lado português, quer do lado espanhol, é negativo e tem um maior impacto no meio rural. As previsões de futuro apontam para um incremento da população mais envelhecida em cerca de 15%, dependendo dos municípios, enquanto que o aumento da população jovem apenas superará os 10% nas previsões mais otimistas. Se analisamos o território no seu conjunto, Trás-os-Montes e a Província de Zamora, concluímos que são os que registam uma maior percentagem de população envelhecida em cada um dos contextos nacionais. O decréscimo da população total desde os anos 90, situa-se nos 5 a 7% na Província de Zamora e em Tras-os-Montes.
FRONTECO - Localização